Pesquisar este blog

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Sarna Auricular

De rápido contágio, em pouco tempo a propagação da moléstia entre todos os animais. A sarna auricular é uma infecção parasitária ocasionada por dois parasitos, Psoroptes cuniculi e Chorioptes cuniculis, os quais se localizam dentro do ouvido do coelho, na parte profunda da pele, chegando muitas vezes a provocar a morte do animal quando não tratado em tempo. A primeira manifestação de sarna de orelha começa pelo aparecimento de forte irritação, no interior de um dos ouvidos do coelho, seguida de inflamação e formação de uma secreção espessa, que em poucos dias torna-se serosa e amarelada. Com a continuação da doença, há formação de crostas ou escamas de cor amarelo-pardo, aderentes à parte interna da orelha fechando completamente o ouvido do animal. O pavilhão interno se encontra mais quente. Os animais assim infectados tornam-se fracos, emagrecendo rapidamente, chegando muitas vezes à morte; inclinam a cabeça para o lado doente, procurando coçar com as patas a orelha atacada. Com o avançar da doença, iremos encontrar juntamente com as crostas, sangue e pus, de cheiro fétido. Tratando-se de moléstia muito contagiosa, o criador deve tomar medidas de profilaxia e higiene a fim de impedir a propagação da moléstia. No caso de reprodutores podem ter seu ardor sexual diminuído. Casos mais graves com perfuração do tímpano podem levar a aparecimento de convulsões e torcicolo. A sarna carióptica é uma forma beíngua de sarna produzida por Charioptes cuniculi e se localiza principalmente no pavilhão interno da orelha do coelho. As escoriações provocadas por este ácaro são mais amenas que as provocadas pelo Psoroptes cuniculi. A diferenciação se dá pelo exame laboratorial.
Medidas Profiláticas - Manter uma limpeza rigorosa nas coelheiras. Não permitir a entrada de animais doentes na criação; todos os coelhos deverão ser examinados periodicamente. Os animais doentes deverão ser logo observados pelo seu veterinário assistente e isolados. As gaiolas ocupadas pelos coelhos doentes deverão ser desinfetadas. Evitar acúmulo de pó nas instalações e nos arames que suspendem as gaiolas. Fazer sarnicidas mensalmente, quarentena de animais adquiridos e eliminar animais muito infectados.
Tratamento: Uso de sarnicidas comerciais. Produto caseiro contendo 50% de querosene e 50% de gordura aplicando nos locais onde se instala a sarna.


Necrobacilose Plantar



O abscesso da planta das patas constitui a afecção mais vulgar e conhecida de todas as explorações canículas, estes abscessos são muito mais freqüentes nas patas posteriores, começam por uma tumefacção pouco visível, mas que se nota pela palpação. Pode limitar-se aos tecidos cutâneo e conjuntivo. A pele fica grossa (paraqueratose), com crostas; a infecção fica latente e as chagas por vezes são sanguinolentas. A falta de higiene do pavimento da jaula pode provocar uma infecção secundária, então o abscesso invade os metatarsos, tornando-se francamente purulento. Podem ocorrer infecções diversas (estafilococos, fungos), mas a mais temível está relacionada com o Corynebacterium que provoca uma gangrena necrosante, de odor nauseabundo, e pode se estender à cabeça e a todo o corpo tornando-se contagiosa (necrobacilose) A má qualidade, rugosidade, fios pegados, malhas demasiado largas e a ferrugem são os defeitos principais da rede metálica, constituindo outros tantos fatores que favorecem o desenvolvimento dos abscessos sub-plantares. As raças pesadas de coelho criam-se em piores condições sobre rede metálica que as outras. A luta contra esta é preventiva, contemplando os seguintes aspectos: (1) Eleição de raças médias e de animais cujas patas estejam providas de pêlo abundante na face inferior, o que protege a pele (Neozelandesa e Californiana); (2) Escolha de uma rede metálica com fios grossos, soldados, galvanizados, cuja largura de malha esteja compreendida entre 13mm e 15mm.
A rede não deverá irritar a palma da mão quando esta é esfregada na superfície; (3) - Lavagem e desinfecção freqüente das jaulas. Os tratamentos são difíceis. Quando não se verificam supurações francas, podem efetuar-se tratamentos diários às feridas e, com dois dias de intervalo, aplicação de anti-sépticos eficazes (iodo). Não se deve desprezar a atividade antifúngica do iodo e do permanganato nas criações sobre a cama. Não se recomendam as pomadas antibióticas porque o tratamento é longo e dispendioso. Quando os abscessos ficam purulentos ou quando as patas anteriores estão afetadas, a infecção torna-se incurável e os animais serão eliminados. Caso se verifique outros abscessos, especialmente na cabeça (necrobacilose), o animal deverá ser incinerado ou enterrado a grande profundidade. Os abscessos sub-plantares tornam, para os machos, praticamente impossível o salto. Aos animais infectados deve ser proporcionado um estrado, pelo menos numa parte da gaiola, enquanto durar o tratamento, para evitar a contínua irritação da área ferida.

Medidas Preventivas - Evitar a umidade nas gaiolas, usar estrado na gaiola quando necessário, selecionar animais mais resistentes a este problema.

Tratamento - Tintura de iodo, pomadas cicatrizantes, anticépticas, antifúngicas. Durante o tratamento usar estrados de madeira na gaiola de arame ou se possível passar o animal para uma gaiola com fundo ripado.