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sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Reposição de Reprodutores no Coelhário


A reposição das fêmeas reprodutoras, em qualquer criação de coelhos, deve atender aos seguintes fatores:

- MORTE: A eliminação de uma coelha reprodutora por causa de morte será, em sua maioria devido a processos septicemicos, problemas no parto, enfermidades graves, alterações fisiológicas, golpes de calor e acidentes.
Se estima uma incidência entre 1% a 3%, nas criações de maior porte, onde torna-se necessária a substituição da fêmea morta por outra reprodutora.

- PROBLEMAS SANITÁRIOS: A síndrome respiratória é uma patologia que mais contribui para a eliminação e consequente substituição das fêmeas reprodutoras. Falamos das manifestações que se, provocam pouca mortalidade, estão presentes em maior ou menor grau em todos os tipos de criações cunículas e são as conhecidas - coriza, mastites, pasteuroloses, necrobaciloses, etc.
A mixomatose, enfermidade viral, que constatamos nas criações tanto na sua forma clássica como a respiratória, nos leva a eliminação sistemática e rápida dos animais afetados como forma de controle do problema, além das medidas de vacinação e de higiene.
A eliminação de animais doentes deve-se situar na média de 2% a 5%, em criações de maior porte, que contam com um bom programa sanitário.

-IRREGULARIDADE PRODUTIVA:Devemos nos basear em critérios absolutamente técnicos sempre relacionados a produtividade das fêmeas, quando o cunicultor demonstrará seu profissionalismo ao eliminar as coelhas que não cumprem os parâmetros produtivos determinantes da sua produtividade, os quais destacamos:
*receptividade - quando a coelha sucessivamente não aceita o macho para a monta natural, apresenta constantemente a vulva branca, são indicadores de uma primeira causa para a eliminação, a receptividade média durante o ano deve situar-se ao redor de 95% com mínimos de 50% (problemas) e máximos de 100%;
*fertilidade - utilizada como parâmetro indicador da gestação, ao realizarmos a palpação abdominal entre os oito e dezessete dias após o acasalamento nem todas as fêmeas resultam gestantes. Podemos determinar que a palpação positiva gira em média ao redor de 82% ao ano. Existem épocas com fertilidade superior a 90% e outras que dificilmente atinge a 60%; a época máxima de baixa na fertilidade ocorre principalmente no fim do verão devido a principalmente a deficiencia de nutrientes durante os meses de calor com a consequente diminuição do consumo dos alimentos pelos animais em especial as fêmeas de reprodução, o que muitas vezes provoca problemas de fertilidade.
Dependendo do sistema de criação, uma única falha de fertilidade sugere a eleminação da fêmea, ou pode o cunicultor permitir que suas coelhas apresentem duas ou três palpações negativas, uma vez que é o comportamento coletivo da criação que indica a disponibilidade de reposição por este parâmetro.
*fecundidade - entendida como partos após palpações positivas, observamos o seguinte; palpações positivas após cobrições (fertilidade) e parto após palpações positivas ( fecundidade).
Portanto, se 95% das fêmeas são receptivas e destas 82% são férteis sendo 97% fecundas, podemos afirmar que 75% das fêmeas levadas aos machos devem parir.
*prolificidade - usado como parâmetro de descarte e consequente reposição, pode ter como objetivo o número de nove láparos nascidos vivos por parto. Se aceita partos rentáveis com sete a onze filhotes nascidos vivos, com extremos de cinco a doze.
Em uma exploração industrial, eliminaremos as coelhas com partos inferiores a seis filhotes nascidos vivos por parto.
*produtividade - consiste na aptidão leitera da coelha, seu temperamento materno a qualidade do ninho e a forma de que como conduzem a ninhada recém nascida, através da lactação até o desmame. Por irregularidade produtiva dependendo do tipo de criação a reposição mensal pode variar de 5% a 14% das fêmeas reprodutoras.
Considerando as três causas descritas de eliminação: morte, problemas sanitários e irregularidades produtivas, a reposição mensal das fêmeas reprodutoras principalmente em uma criação média ou de grande porte pode variar entre 8% a22%.
Não podemos separar a produção da reposição, normalmente quanto maior a produção maior também será a reposição dos reprodutores.


terça-feira, 7 de setembro de 2010

Hemorragica Viral (DHV)


A Doença Hemorrágica Viral (DHV) é uma doença infecto-contagiosa que afeta Coelhos, causada por um calicivírus.

A DVH é altamente contagiosa, transmite-se quer por contato direto, quer indireto (através de objetos contaminados, roedores e insetos). Os objetos contaminados se não forem lavados e desinfectados podem ser uma fonte de contágio mesmo após a eliminação dos animais doentes.
Os animais afetados morrem muitas vezes sem apresentar quaisquer sinais clínicos, outras vezes apresentam sintomas neurológicos (incoordenação, excitação) e por vezes hemorragias pelo nariz ou outros orifícios naturais. Os sintomas manifestam-se cerca de 48 horas após a infecção.
A mortalidade pode variar entre os 50 e 100%. Os coelhos que sobrevivem à doença permanecem como portadores e podem continuar a excretar vírus durante aproximadamente um mês.
A prevenção da doença faz-se através da vacinação e controle de insetos e objetos contaminados.



Mixomatose


A Mixomatose é uma doença infecto-contagiosa que afeta os Coelhos (leporídeos) e causada por um poxvírus denominado fibroma de Shope.
O vírus transmite-se por contato direto, mas principalmente através de vetores (como por exemplo, mosquitos ou pulgas). Os insetos que se alimentam de sangue, podem manter o vírus ativo durante meses e disseminar facilmente a doença.
Após a picada pelo inseto contaminado, os sintomas podem aparecer entre cinco dias a uma semana. Os sinais típicos são edemas generalizados, principalmente em redor da cabeça (olhos e orelhas), disseminando-se rapidamente por todo o corpo.
A doença é na maioria das vezes fatal. A morte pode ocorrer entre 48 horas a duas semanas após o aparecimento dos sinais clínicos.
A prevenção da doença faz-se através da vacinação e controle de insetos.